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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Editorial do Livro UMA ROSA AZUL




Diva Maria é uma mulher bastante ativa para seus 72 anos de idade: dança, dirige, organiza reuniões, viaja, usa redes sociais, está aprendendo a usar seu iphone, é artista plástica, e está sempre instigando os outros a se melhorarem – é uma pessoa longe de ser normal.

Ao iniciar a edição do seu livro, constatei inúmeras sincronicidades, quando Diva mencionava sua repulsa a cor preta, não seu aspecto fundamentalista, segundo a autora esta cor representa apenas a ausência de luz, não tem força e não existe no mundo espiritual.

Voltando-me aos acontecimentos do presente, lembrei de uma lei a ser votada na Califórnia, que proibia a venda de carros pretos, pois o sistema de climatização trabalha menos nos carros de cor clara, e também retém menos energia térmica, o que ajuda na bandeira contra o aquecimento global. “O cliente pode comprar o carro da cor que ele quiser, desde que ele seja..." ....claro.

Ao continuar a edição do livro, percebi que Diva está inteiramente a par dos acontecimentos, pois citou o mesmo raciocínio e fez questão de enfatizar sobre a energia solar, que segundo Diva Maria, além de ser uma energia limpa, atua também como agente terapêutico físico e espiritual, prevenindo uma série de patologias, inclusive a osteoporose, pois atua na formação da vitamina D - que é estratégica para evitar a falta de cálcio no organismo.

Mostrou-me seus vídeos e fotos de suas aventuras em recente viagem que fez aos três continentes, África, Europa e Ásia, em especial citou sua fascinação às construções de Dubai, ela diz que foram planejadas no plano espiritual, local onde tudo é criado e só posteriormente manifesta-se no plano físico, por isso estas construções já atendem as necessidades do futuro, aproveitam ecologicamente as "tecnologias limpas", o mesmo se estenderá para todo o nosso planeta.

“O céu não é estático, mas dinâmico, está em constante construção”, palavras de Diva Maria. “Não há nada de novo debaixo do céu...”, mas sim acima dele. E que também podemos criar nosso próprio céu, a partir dos nossos trabalhos que realizamos aqui mesmo na Terra, pois o céu é a continuação da vida.

Revelou-me sobre tecnologias que ainda estão no plano imaterial, como os computadores que são apenas uma placa de vidro transparente, pensei ser um tablet ou um ipad, mas ela enfatizou que não, são tecnologias muito avançadas para nós e que somente aos poucos serão repassados para auxílio da humanidade. Mencionou que no plano espiritual já existem veículos que vão a qualquer lugar, sem necessidade de manobrista, e que alguns podem volitar. Ainda contou-me sobre a imagem de Jesus, que considerou uma oportunidade única e emocionante, que teve em sua vida, em poder pintá-lo, sendo a mesma diferente do usualmente representado nas imagens da história e na arte...

Diva Maria é uma pessoa que viveu e vive ativamente, precoce nas artes, desde os oito anos de idade já iniciava sua vocação em pintar, não imaginando que um dia iria pintar ‘espiritualmente’. Sua arte não é feita por espíritos ou por anjos, ela apenas capta em sua tela mental e manifesta suas visões através de seus quadros, nisto sua pintura mediúnica é diferente, pois não existe incorporação de nenhum artista, o que as tornam únicas, são de Diva, portanto são ‘divinas’ como ela mesmo diz. 

Ao mesmo tempo ela enfatiza que é um ser humano como outro qualquer, gosta de Elvis Presley e dança quando escuta sua música. Confesso que achei seus relatos bastante curiosos, como seu amor do outro lado da vida, por Thomaz, que ela considera sua alma gêmea, em sonhos e até mesmo algumas vezes consciente, de maneira espontânea, ela fala da presença dele e do seu carinho e amor.

É auspicioso, pois perguntas que normalmente qualquer ser humano faria como:  existe vida após a morte?; como é o "céu"?; por que e para que existimos?; existe vida inteligente em outros planetas?; e se esses seres extraterrenos possuem contato conosco?; sobre os anjos, quem são?; e até mesmo sobre o destino da humanidade – tudo ela sabe responder na ponta da língua.

Estamos longe das nossas crendices? Onde está o limite do que é mutável e eterno? Onde está o belo e o justo? O verdadeiro e o útil? O honesto e o amável? Onde está o que seja virtuoso, longe da hipocrisia? Até que ponto estamos servindo ao próximo ou a nós mesmos?  Por que não nos detemos apenas no que é bom?

Particularmente sempre tenho um olhar de ceticismo para o sobrenatural, acredito que normalmente as pessoas sempre querem vê-lo e deixam o natural a parte. Tudo isto me causou um pouco de estupefação e até me senti um pouco constrangido; por tamanha certeza sobre o que ela acredita em cima destas questões. Procurei averiguar como uma boa teoria, longe do senso comum, das superstições, do proselitismo e do seu sectarismo dogmático – para ver então, através da sua lente, de como é esta vivência de fé, nestas revelações, partilhadas através de seus dons que conectam esse mundo ao espiritual.

Diva Maria não é alienada, pois paga suas contas em dia, é uma pessoa independente - mas está conectada. Ela enxerga as mazelas deste mundo, que considera de transformação, mesmo assim, não deixa a esperança de o ‘colorir’. Maria sempre lembra, em quando estamos fazendo despreocupadamente nossas refeições, em ‘plasmar’ alimentos, juntamente através de sua prece, para todos aqueles que são vítimas da fome no mundo, em especial tem derramado sua atenção aos campos de refugiados da Somália. 

Diva faz questão de enfatizar que devemos buscar em Deus e que seus anjos são apenas mensageiros Dele e do seu amor, entendimento e perdão – eles não são nossos mordomos para fazermos o que quisermos, principalmente para ajudar-nos com os problemas que estão além do simplesmente pessoal, mas que nossas petições deveriam pesar mais no cadinho dos corações, "...Ainda que falasse a língua dos homens e dos anjos se não tivesse amor nada seria..."

Enfim, leia então seus relatos, unindo e acrescentando mais uma peça deste intrigante mosaico que é a nossa existência neste nosso tão pequenino e raro planeta, diante da imensidão do universo. Seria bom saber que não estamos sozinhos, principalmente quando a companhia é agradável, seja daqui ou de qualquer outro lugar... 








       Patrick Gomes Anchiêta
   Editor de Mosaicos & Escritos

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